A reforma administrativa e política do então estado do Amazonas, tema palpitante que raros amazonenses conhecem com profundidade e poucos com superficialidade, teve muitas idas e vindas. Isso despertou-me o interesse em aborda-lo e compartilha-lo, ainda que “de passagem”.
Tudo começa quando o Rei D. José I cria, através da Carta Régia de 3 de março de 1755, a Capitania de São José do Rio Negro. De acordo com aquele documento, a capital da nova Capitania seria a Vila de São José do Javari. Mas dois anos mais tarde, a capital teve sua transferência para a então aldeia de Mariuá, atual cidade de Barcelos.
Entre 1779 e 1786 a então Capitania foi administrada por oito juntas governativas provisórias, todas subordinadas ao Grão-Pará e Rio Negro. Somente em 1792, graças ao empenho de Lobo d’Almada, a sede da Capitania teve sua transferência para o Lugar da Barra, atual Manaus. A Barra tornou-se assim sede definitiva de São José do Rio Negro em 29 de março de 1808.
Em 1850, a antiga capitania de São José do Rio Negro, como era chamado o Amazonas, deixou assim de pertencer à Província do Grão Pará e se tornou independente. O então Instituto Durango Duarte publicou uma série de artigos, reunidos em um único e-book “Uma breve História da Província do Amazonas”.