Santo Antônio Commercial School

Santo Antônio Commercial School

 

Academia Amazonense de Letras

Após a Proclamação da República, a primeira ação relevante realizada no então ensino do Amazonas ocorreu em fevereiro de 1890. Com a criação do Instituto Normal Superior. Que foi originado da fusão do Liceu com a Escola Normal.

Essa nova instituição nascia com a missão de preparar professores para as escolas públicas. Entretanto, foi extinta três anos mais tarde pelo governador Eduardo Ribeiro e substituída pelo Gymnasio Amazonense.

Esses edifícios ficavam, um na então rua Municipal, atual avenida Sete de Setembro, outro na Ramos Ferreira. Prédio hoje ocupado pela Academia Amazonense de Letras, e o terceiro, na rua José Paranaguá. Em 1896, foi entregue uma quarta escola, na praça Floriano Peixoto, bairro Cachoeirinha, que, atualmente abriga assim a Escola Estadual Euclides da Cunha.

Antônio Bittencourt

Devido à necessidade da construção de novos espaços apropriados para o ensino público, associada às dificuldades orçamentárias em fazê-los, em 1897, o governador Fileto Pires sugeriu a criação de grupos escolares.

A ideia era reunir em apenas um prédio várias escolas isoladas. O que diminuiria os gastos da administração pública e resolveria o problema da falta de locais adequados ao labor educacional. Contudo, somente por meio do Regulamento de 1909, da administração estadual de Antônio Bittencourt, que esse projeto seria oficializado.

Em 1900, o então governador Ramalho Júnior recomendou, em Mensagem ao Congresso Legislativo, a criação de jardins de infância – espaços destinados à educação de crianças entre três e sete anos de idade. O primeiro a funcionar sua instalação ocorreria no Instituto Benjamin Constant, o que não ocorreu.

Escola Modelo

Ramalho Júnior ficaria no poder até julho daquele ano. Assim que o seu sucessor, Silvério Nery, assumiu o governo, sancionou um regulamento, que, dando autonomia à Escola Normal e criou três novas escolas-modelo.

Dessas escolas, porém, apenas uma chegaria a funcionar de fato, instalada no prédio tipo chalé, na rua Saldanha Marinho. As outras duas – que funcionariam no prédio escolar da rua dos Tócos, local atualmente ocupado pela Escola Estadual Cônego Azevedo, e no prédio que foi construído na então praça Rio Branco, onde, mais tarde, seria instalado o Grupo Escolar Gonçalves Dias – seriam substituídas por escolas isoladas. Nos primeiros anos do século XX, já existiam mais de trinta instituições particulares de ensino em Manaus.

Instituto Benjamin Constant

Em 1904, já no fim da administração de Silvério Nery, a Escola Normal teve sua remoção do andar de cima do Gymnasio Amazonense e transferida para o prédio escolar da rua Saldanha Marinho. Lá, dividiu espaço com a Escola Modelo até essa ser extinta, no final daquele ano, em virtude do novo Regulamento instituído pelo então governador Constantino Nery.

Essa nova reforma criou duas escolas complementares, uma masculina e uma feminina, que serviriam para completar os estudos primários dos alunos que desejavam ascender aos cursos secundários mantidos pela administração estadual. Suas atividades tiveram início em janeiro de 1905, com professores da extinta Escola Modelo e do Instituto Benjamin Constant.

A escola do sexo masculino assim dirigida por Agnello Bittencourt e funcionava naquele prédio escolar construído no bairro Cachoeirinha em 1896. Já a do sexo feminino ficou sob a administração de dona Rita Francisca Raposo Fernandes sendo sua instalação no pavimento superior do Gymnasio Amazonense. Manaus, nessa época, já possuía 42 escolas.

Em face à quantidade ínfima de alunos que frequentavam as escolas complementares, em 1907, Constantino Nery então unificou as duas existentes. Dessa junção, nasceu a Escola Complementar Mista, teve sua instalação na escola Públio Bittencourt, nas esquinas das ruas Leovegildo Coelho e dos Andradas – prédio que, em 1914, estava ocupado pela escola Antônio Bittencourt.

Superintendência Municipal

Em 1908, a então Escola Normal voltou a fazer uso do andar superior do Gymnasio Amazonense e deixou vago o prédio da Saldanha Marinho, ocupado por um grupo escolar. No ano seguinte, surgiram duas importantes instituições de ensino: a Escola Universitária Livre de Manáos e a Escola Municipal de Commercio de Manáos, atual Escola Estadual Solon de Lucena.

O ano de 1909 marcou também a realização, em 23 de novembro, da então primeira exposição pedagógica, ocorrida no Instituto Benjamin Constant. Cinco anos depois, o curso foi transformado em um grupo escolar anexo, tendo sua instalação no pavilhão de ginástica do Gymnasio Amazonense.

Universidade de Manáos

Em 1919, quando aquele grupo escolar anexo à Escola Normal passou a ser chamado Barão do Rio Branco, ele deixou o pavilhão de ginástica e voltou a funcionar no andar superior do prédio do Gymnasio.

O pavilhão, recebeu a adaptação, para que no ano seguinte, fosse instalado o primeiro jardim de infância de Manaus. O Visconde de Mauá, dirigido por Maria Araripe Monteiro.

O intendente Sérgio Rodrigues Pessoa, em 1927, pela Lei 1.444, determinou que as escolas municipais sem denominação recebessem assim a nomenclatura de antigos professores da Cidade. Como Nicolau Tolentino, Saturnino Antunes, Pedro Henriques, Agostinho Hermes, Caetano Simpson, Pedro Marinho e os padres Torquato de Souza, João Antônio e Manoel Barreto. As que já possuíam denominação continuariam com os mesmos nomes.

Nos dias de hoje, a Escola está desativada. Sendo que o prédio em que funcionou antes de fechar, na rua Dez de Julho, foi então adquirido pela então Federação do Comércio do Estado do Amazonas, Fecomércio-Am. Onde se pretende instalar, futuramente, a Faculdade Tecnológica Senac Senador Lopes Gonçalves.

Acervo: CCPA, In: A instrucção publica no quadriennio do presidente Ephigênio de Salles 1926-1929.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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