Praça Nossa Senhora de Fátima

Praça Nossa Senhora de Fátima

Antigo bairro de Nazaré

A citação mais antiga acerca desse logradouro, segundo o historiador Mário Ypiranga Monteiro, data de 1892. Localizava- se entre as avenidas Japurá e Tarumã e as ruas Emílio Moreira e Bittencourt, atual Jonathas Pedrosa. Esta área hoje pertence ao bairro Praça 14 de Janeiro, mas que, antes, fazia parte do antigo bairro de Nazaré.

Essa Praça teria recebido, duas denominações que tinham referência direta com a revolta ocorrida em 14 de janeiro de 1892, que culminou com a renúncia de Thaumaturgo de Azevedo. A primeira delas, Praça Fernandes Pimenta, teve sua oficialização pela Resolução de 5 de fevereiro, proposta pelo intendente Sérgio Pessoa. Tal homenagem foi ao soldado João Fernandes Pimenta, morto naquela rebelião. A segunda, Praça 14 de Janeiro, referia-se à própria data do então acontecimento e foi sugerida pelo intendente Antônio Dias dos Passos.

Praça da Conciliação

Além dessas duas nomenclaturas, o historiador cita, ainda, a existência de um terceiro nome ligado àquela revolta – Praça da Conciliação –, sugestão do então intendente Hermes de Araújo e que se referia ao acordo político que encerrou o levante. Mesmo assim, a população continuaria a chamá-la de Praça 14 de Janeiro.

Em 1912, por meio da Lei 727, de 10 de outubro, deu-lhe a então denominação Praça Doutor Pedrosa em homenagem a Jonathas de Freitas Pedrosa, à época, senador da República. Cinco anos depois, pela Lei 816, de 26 de julho de 1917, teve assim seu nome alterado para Praça Portugal, em alusão à comunidade portuguesa residente no Estado do Amazonas.

Em suma, ao longo dos anos, essa Praça viu a sua área desaparecer aos poucos. No final da década de 1980, foi construída a quadra de ensaios da então Escola de Samba Vitória-Régia, ao lado da quadra de esportes. No terreno frontal à igreja, construiu-se o centro paroquial e, na área mais a frente, hoje existem lanchonetes, contíguas à avenida Tarumã.

Acervo: Frank Lima.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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