Vista aérea da Praça Antônio Bittencourt (do Congresso)
Largo Cinco de Setembro
Localizada no final da então avenida Eduardo Ribeiro, entre as ruas Monsenhor Coutinho e Ramos Ferreira. Essa Praça tem sua origem em 1876, quando o presidente da Província em exercício, Gabriel Antônio Ribeiro Guimarães, assinou a Lei 353, de 29 de maio daquele ano. Que mencionava a construção da então Praça da Princesa Imperial, entre as ruas Comendador Clementi no, atual avenida Eduardo Ribeiro, Tapajós, do
Progresso, atual Dez de Julho, e a estrada Ramos Ferreira – área que, hoje, abrange assim parte da atual Praça Antônio Bittencourt.
Mais de uma década depois, quando do início da construção do então Palácio do Governo nas proximidades dessa área, o governador Fileto Pires ordenou também a construção de um parque para embelezar os arredores da nova sede do Governo Estadual.
O projeto desse logradouro, que seria denominado Largo Cinco de Setembro, previa uma bifurcação no final da avenida Eduardo Ribeiro, em frente ao novo Palácio. Neste local seria construído um jardim, entre as duas vias da avenida, conforme Mensagem apresentada por aquele administrador estadual ao Legislativo no dia 6 de janeiro de 1898.
Praça Antônio Bittencourt
O contrato para a escavação da área destinada ao jardim foi assinado em 29 de janeiro daquele ano. E o vencedor da então concorrência pública foi Francisco da Costa Pinto, que tinha quatro meses para concluir a obra. A construção do novo Palácio do Governo teve sua paralisação em 1901 devido às mudanças realizadas nas finanças do Estado pelo então governador Silvério Nery, que considerava essa obra dispendiosa e desnecessária.
Por esse motivo, o projeto do parque ao redor do então Palácio também não se concretizou. Sete anos depois, o então superintendente municipal Domingos José de Andrade publicou a Lei 515, de 21 de agosto de 1908, que dava a denominação de Praça Antônio Bittencourt. Em homenagem ao então governador do Estado, Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt. Ao logradouro existente em frente ao Instituto Benjamin Constant, entre as ruas Ramos Ferreira, Monsenhor Coutinho, Tapajós e a avenida Eduardo Ribeiro, área, diga-se de passagem, diferente da que foi concebida no projeto inicial.
Vale lembrar ainda que, nesse logradouro, aconteceram importantes manifestações populares, como a das Diretas Já – movimento nacional que pleiteava eleição direta para presidente do Brasil. E, também, os comícios do candidato mineiro Tancredo Neves, quando das eleições indiretas para a presidência da República, em 1985. Além do Instituto Benjamin Constant e dos prédios do IEA e dos Correios, essa Praça, que ainda mantém o seu então formato quadrangular. É cercada por importantes construções, como o Ideal Clube e a Biblioteca Pública Municipal.
Foto: Robervaldo Rocha.
Acervo: Semcom, CCPA, Moacir Andrade.
In: Planta de Manáos e arrabaldes de 1906.
Imagem retirada do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.
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