Vista aérea das pontes Lopes Braga (abaixo) e Joana Galante (acima).
Existem, atualmente, duas pontes sobre o então igarapé da Cachoeira Grande que servem para ligar o bairro São Jorge, ao São Geraldo. Construídas em épocas distintas, a primeira delas é a Ponte Engenheiro Lopes Braga, iniciada pelo então governador Leopoldo Neves e concluída pelo seu sucessor, Álvaro Maia.
Segundo relatório da antiga Comissão de Estradas de Rodagem do Amazonas – Cera, publicado no então noticioso O Jornal, de 24 de junho de 1951, ela também era conhecida como Ponte dos Bilhares. Antes de sua existência, havia, apenas, uma passarela formada assim por pedaços de madeira e tocos de árvores.
Álvaro Maia
Sua inauguração ocorreu no dia 31 de janeiro de 1952 em meio às comemorações do primeiro ano desse então governo de Álvaro Maia. Com, aproximadamente, 54 metros de comprimento, em concreto armado, o responsável pelo projeto e execução das obras dessa Ponte foi o engenheiro civil José Pereira.
Duas décadas depois, construiu-se então a segunda ponte, a Joana Galante, com 53 metros de comprimento. Erguida na gestão municipal de Jorge Teixeira pela Construtora Andrade Gutierrez, foi inaugurada em 8 de agosto de 1978. Além do prefeito, participaram da entrega da obra o ministro dos Transportes, general Dirceu Nogueira, e o governador Henoch Reis.
Paralelas, nos dias de hoje, a Ponte Engenheiro Lopes Braga faz parte da avenida São Jorge e seu tráfego funciona no sentido Centro-bairro, enquanto a Ponte Joana Galante serve para o trânsito de veículos no sentido inverso, ligando a mesma avenida São Jorge à rua Arthur Bernardes.
LOPES BRAGA 08.07.1857 A 192?
Francisco Lopes Braga nasceu em Manaus, onde realizou seus estudos Primários e de Preparatórios. Viajou então para a Europa e graduou-se em Engenharia pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
De volta à capital amazonense, tornou-se professor de Matemática. Apesar de sempre ter se esquivado do mundo político, na administração do governador Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt, entre 1908 e 1912, assumiu a Diretoria de Obras Públicas e Concessão de Terras do Estado.
Foi na sua gestão à frente dessa repartição pública que se construiu, na rua José Clemente, o prédio do antigo Grupo Escolar Marechal Hermes. Ainda na década de 10, foi professor e diretor substituto da então Faculdade de Engenharia da Universidade de Manáos.
Além da homenagem que o Governo do Estado lhe prestou dando seu nome à primeira ponte do São Jorge, a primeira escola pública do município de Coari também lhe faz deferência: Escola Estadual Francisco Lopes Braga.
Joana Galante 28.06.1910 A 19.11.1970
Nascida no Estado do Pará, Joana de Almeida dos Santos mudou-se para Manaus, onde, aos 28 anos de idade, passou a dedicar-se à prática da Umbanda e do Candomblé.
Tornou-se a babalorixá mais famosa da Cidade, conhecida apenas como Mãe Joana Galante, apelido que recebeu por ser madrinha do grupo folclórico Boi-Bumbá Galante, da antiga Boulevard Amazonas.
Em 1947, recebeu a doação de um terreno no antigo Morro das Corujas, e construiu assim, nesse local, seu terreiro. Faleceu aos 60 anos, em Manaus, vítima de uma enfermidade.
Acervo: Amazonas Em Tempo.
Acervo: Jornal do Commercio.
Foto: Alex Pazuello.
Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.
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