Monumento a Sant’anna Nery no Jardim Jaú

Monumento a Sant'anna Nery no Jardim Jaú

Monumento no jardim Jaú, sem o gradil. Ao fundo, o Pavilhão Universal (à esquerda) e a Catedral de Nossa Senhora da Conceição (à direita).

 

Monumento a Sant’anna Nery no Jardim Jaú

A construção do monumento em homenagem ao escritor e folclorista Frederico José de Sant’Anna Nery data do início do século passado e foi uma iniciativa do então empresário Sebastião Diniz, que depois o entregou ao Município.

Quando inaugurado em 7 de setembro de 1904, o marco era composto por um busto em bronze, sobre um pedestal de pedra, no qual havia a escultura de uma mulher que lhe oferecia um ramalhete de flores. Localizava-se na então praça 15 de Novembro, hoje extinta, nas proximidades do prédio da primeira sede do Banco do Brasil, em Manaus.

Em 1934, na administração municipal de Pedro Severiano Nunes, o monumento Sant’Anna Nery foi transferido para o jardim Jaú, ou da estação dos bondes, como era popularmente conhecido. Desde então, seu gradil de ferro, instalado em 1905, desapareceu.

Durante as intervenções realizadas pelo prefeito Jorge Teixeira de Oliveira, em 1975, no então complexo viário do Centro, o monumento original perdeu seu pedestal e teve o busto transferido para o jardim lateral da Matriz, no lado da avenida Eduardo Ribeiro. Esse busto, atualmente, está exposto em uma sala do Centro Cultural Palácio Rio Negro – CCPRN.

Sant’Anna Nery

Frederico José de Sant’Anna Nery nasceu em Belém do Pará, mas passou os primeiros anos de sua infância na cidade de Manaus. De onde partiu, ainda menino, para assim estudar em Paris, França. Concluiu dois cursos de bacharelado, um em Letras e outro em Ciências, e um doutorado, em Direito. Tornou-se escritor e publicou diversas obras sobre a então Região Amazônica, entre elas, Le Pays des Amazones, de 1885.

Como era um defensor da Igreja Católica no Brasil, recebeu, do Papa Leão XIII, o título de barão. Faleceu na sala de entrada do então hospital Beaujon, na capital francesa. Por ordem do Governo do Estado, seus restos mortais foram trasladados para Manaus, no vapor italiano Colombo, e sepultados no então cemitério São João Batista em 11 de outubro de 1901, na cova 13.494. Frederico Sant’Anna Nery é patrono da Cadeira de número 14 da Academia Amazonense de Letras.

Acervo: Otoni Mesquita.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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