Monumento à Província Tenreiro Aranha
A Comarca do Alto Amazonas, atual Estado do Amazonas, ficou subordinada à então Província do Grão-Pará até 1850, quando o imperador D. Pedro II, por meio da Lei 582, de 5 de setembro desse ano, oficializou a autonomia política do Amazonas, elevando a então comarca à categoria de província. Seu primeiro presidente foi o então deputado paraense João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha, que governou de 1º de janeiro a 27 de junho de 1852.
Para simbolizar esse marco histórico, o então deputado Silvério José Nery, em pronunciamento à Assembleia Legislativa Provincial no dia 11 de maio de 1883, sugeriu a construção de um monumento. Composto por uma coluna, em granito, com inscrições, nas quatro faces, das datas mais importantes da história da Província. Sobre a coluna, seria colocado um busto de Tenreiro Aranha, em bronze.
Paço da Assembleia Provincial
No dia 12 de junho daquele mesmo ano, o então presidente da Província, José Paranaguá, por meio da Lei 617, autorizou a construção do símbolo. Porém, não mais um busto e sim, uma estátua daquele ex-presidente provinciano.
Em 5 de setembro de 1883, ocorreu a então solenidade de colocação da pedra fundamental da base da coluna comemorativa. O monumento deveria ser instalado na então praça 28 de Setembro, atual Heliodoro Balbi, em frente ao prédio, à época, denominado Paço da Assembleia Provincial – depois, sede do Comando-Geral da Polícia Militar e que hoje abriga o Centro Cultural Palacete Provincial.
Adolfo Lisboa
Essa iniciativa ficou paralisada por mais de uma década e retomada somente na administração estadual de Eduardo Ribeiro. O local de instalação desse marco, no entanto, estava programado para outra praça, a Cinco de Setembro (da Saudade), e sua confecção encomendada a Enrico Quattrini – um dos italianos que vieram a Manaus por intermédio de Domenico de Angelis. A pedra fundamental do monumento foi lançada, nessa praça, em 5 de setembro de 1894. Mas a estátua nem chegou a ser instalada e a homenagem ao fundador da Província, mais uma vez, não aconteceu.
O assunto voltou à tona doze anos mais tarde, em 1906. Quando o superintendente Adolfo Lisboa, em sua Mensagem Anual, anunciou melhoramentos na então praça Tamandaré, atual Tenreiro Aranha para a instalação da estátua, que já estava em viagem.
A inauguração do então monumento ocorreu em 5 de setembro de 1907. E ali permaneceu até 1932, quando foi então trasladado para a praça Cinco de Setembro, onde está até os dias de hoje.
Acervo: A Crítica.
In: Annuario de Manáos 1913-1914.
Cartão-postal Bazar Sportivo.
Acervo: João Bosco Araújo.
Foto: Alex Pazuello.
Acervo: Moacir Andrade.
Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.
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