Instituto de Educandos Artífices

Instituto de Educandos Artífices

Vista do edifício do Instituto Amazonense de Educandos Artífices, no alto da colina (à esquerda).

Estabelecimento dos Educandos Artífices

Com o objetivo de disponibilizar educação profissional, em regime de internato, para meninos órfãos e carentes, a Lei Provincial 60, de 21 de agosto de 1856, criou o então Estabelecimento dos Educandos Artífices.

O autor do projeto da Casa de Educandos foi o então deputado Francisco Antônio Monteiro Tapajós. As obras de construção do prédio tiveram início em 12 de março de 1857.

Um ano depois, em 25 de março de 1858, essa instituição de ensino foi instalada. Com 16 alunos, oferecia os cursos primário, de música, de marcenaria, de carpintaria e de tornearia.

Instituto Amazonense de Educandos Artífices

Em 1877, o presidente da Província, Agesiláo Pereira da Silva, extinguiu assim esse educandário por meio da Lei 364, de 7 de julho daquele ano. A justificativa foi por medida de economia.

Decorridos cinco anos, foi então reaberto por José Paranaguá (Lei 564, de 8 de maio de 1882). Sua reinauguração ocorreria somente em 7 de setembro de 1882 e com uma nova denominação: Instituto Amazonense de Educandos Artífices.

O Decreto 48, de 15 de fevereiro de 1894, do então governador Eduardo Ribeiro, determinou que essa escola adotasse o regime disciplinar dos internatos militares de ensino.

Esse decreto também alterou o seu nome para Instituto de Artes e Ofícios. Ainda em 1894, Ribeiro anunciou então a construção de um novo prédio para esse Instituto, porém, dois anos depois, o mesmo informou que a obra estava paralisada.

A partir de 7 de janeiro de 1898, o Instituto foi transferido para uma chácara alugada, onde funcionou até janeiro de 1899, quando foram suspensas suas atividades. Nesse mesmo ano, essa escola foi extinta pelo Decreto 370, de 27 de novembro.

Escola de Aprendizes Artífices

O Regulamento da Instrução Pública, baixado pelo Decreto Estadual 691, de 22 de dezembro de 1904, criou então uma escola agrícola industrial na localidade do Paricatuba – hoje, um distrito do município de Iranduba –, denominada Instituto de Educandos Artífices. A Lei 487, de 6 de outubro de 1905, alterou essa nomenclatura para Instituto Agrícola Industrial do Amazonas.

Em 27 de junho de 1906, quando da sua inauguração oficial, foi então denominado Instituto Affonso Penna. Uma homenagem ao presidente da República, que estava presente na cerimônia.

Oito anos depois, foi então extinto pelo Decreto 880, de 25 de setembro de 1914, do governador Jonathas Pedrosa, que alegou já existir um estabelecimento similar mantido pelo Governo Federal: a Escola de Aprendizes Artífices.

In: The New Brazil, 1901.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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