Extinta Praça Ribeiro da Cunha

Extinta Praça Ribeiro da Cunha

A extinta praça Ribeiro da Cunha, tem uma longa história até deixar de existir. Então localizada na rua Silva Ramos, no centro, a praça inaugurada e mencionada pela primeira vez pelo superintendente Hugo Carneiro em 1º de outubro de 1925, inicialmente, tinha o nome de praça Presidente Bernardes, em homenagem ao presidente da época, Artur da Silva Bernardes.

Logo depois de ser reformada durante o mandato do prefeito Araújo Lima, a praça Presidente Bernardes ganhou uma iluminação subterrânea e um muro de arrimo. Além disso, a obra iniciada e concluída em 3 anos, teve como data de entrega o dia 24 de novembro de 1929.

Dois anos depois, através do Decreto Municipal 49, de 9 de setembro de 1931, a praça passou a se chamar de Praça 24 de Outubro em referência ao dia em que Getúlio Vargas assumiu a Presidência da República.

Esse decreto atendia ao Ato 907 da então Interventoria Federal no Estado do Amazonas que determinava a mudança das denominações de logradouros e de estabelecimentos públicos da Capital que fizessem homenagem a personalidades vivas para “nomes de vultos célebres e datas da história do Brasil e, de preferência, do Amazonas”. Antes disso, a designação 24 de Outubro pertencia à outra praça, que passou a se chamar, após essa mudança, praça São Sebastião.

Praça Ribeiro da Cunha

Entre os anos de 1933 e 1934, as rampas da extinta praça Ribeiro da Cunha receberam calçamento a pedra tosca e, em 1937, além de que foi feito o reparo do serviço de iluminação do local. Em nota publicada no jornal Diário da Tarde, de 16 de janeiro de 1959, ela aparece com a nomenclatura Praça Ribeiro da Cunha. Na década de 1960, esse logradouro era então composto por dois jardins, sendo um com dois semicírculos e o outro, dividido em quatro jardins menores.

Em 1976, o então prefeito Jorge Teixeira transferiu o Pavilhão Universal. O mesmo estava na então praça Oswaldo Cruz e o instalou nessa Praça, inaugurado em 10 de julho daquele ano. Esse pavilhão, anos depois, teve sua transferência, em definitivo, para a então praça Tenreiro Aranha. A quadra de esportes que existe nesse logradouro foi construída pelo prefeito José Fernandes.

Por meio da Lei Municipal 178, de 6 de abril de 1993, recebeu então a denominação da Praça José Lindoso. Nesse mesmo ano, um fato inusitado ocorreu. O Grêmio Recreativo e Escola de Samba Sem Compromisso, ocupou a praça de forma indevida e construiu um muro no seu entorno.

Após a realização de diversas denúncias dessa apropriação irregular, em determinação a Justiça, o muro teve que ser derrubado e o logradouro, reconstruído. Porém, somente a quadra de esportes foi assim recuperada e extinguiu-se a Praça.

Foto: Nonato Oliveira.

In: Relatório do prefeito municipal Araújo Lima, 1929.

In: Album de Manáos 1929.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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