A princípio, não sabemos se ele é o ascensor ou elevador, por ignorância completa da ética do estilo que regem esses depósitos de conduzir gente e carga também. Para o alto e para baixo. Superados em alguns pontos pelas escadas rolantes. Há muitos anos ele sobe e desce.
Enguiçando as vezes, para desespero, assim, de muitos. Conduzindo funcionários e carga postal. Valores e simples cartas, contendo um monte de coisas, alegres e tristes. Primitivo, tem manejo obsoleto, mas é de uma utilidade atual. Quantos ele já não elevou e quantos desceram de suas tamancas em seu bordo, mais seguros do que se rolassem pelas escadas. Se o elevador (ou ascensor?) dos correios e telégrafos pudesse falar, o que nos contaria?
Certamente coisas interessantes e confidenciais, talvez capazes de abalar a opinião pública e motivar o seu afastamento do cargo, “a bem do serviço público”. Talvez o título de cabine não fique bem, preferindo pela sua estrutura, ser chamado de jaula, pela aparência e, como os demais, já ter conduzido algumas “feras”.
Enfim, pelos anos, pelos serviços prestados, pela desatualização, merece uma aposentadoria compulsória e um lugar no Instituto Histórico, onde receberia um tratamento especial do mestre Geraldo Pinheiro, como o primeiro que se instalou em Manaus com direito a cicerone nos dias de visitação pública.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 22 de fevereiro de 1964.
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