Houve época há pouco mais de vinte anos, que sua presença envaidecia os amazonenses. Era chique como se dizia então, comparecer ao Parque 10 de Novembro, mesmo que não fosse para se banhar em sua majestosa piscina, banhada pelas águas do Igarapé do Mindu.
Havia danças, bar bem afreguesado, casinhas cobertas de palha lembrando malocas. A vegetação ajudava. Vista panorâmica, de todos os ângulos. Romance. Musica. Poesia. A natureza em flor. Moças bonitas, em maiô, dentro e fora d’água.
As nossas Iaras. Piqueniques familiares aos domingos e nos aniversários, quando de fato os passarinhos cantavam mais alegremente e o sol amanhecia mais lindo. Com os “parabéns para você” bem diferentes. A maior piscina do Norte do País, dando sua ajudazinha ao Teatro Amazonas e à ponte de ferro, na mostra aos visitantes antes de conhecerem o encontro das águas e a cachoeira do Tarumã.
Tudo isto acabou, embora ele ainda resista, no abandono a que foi relegado, pois é amazonense da gema, de um glebarismo maravilhoso. Teimoso, portanto. Não foi esquecido de todo, pois ainda é procurado por aqueles que não tem amigo dono de balneário. Mas sem orgulho de outrora…
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 12 de novembro de 1963.
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