Asilo Orfanológico Elisa Souto

Asilo Orfanológico Elisa Souto

Vista do edifício do Asilo Orfanológico Elisa Souto

No começo da década de 1950 do século XIX, com a recente elevação do Amazonas à então categoria de província, seu primeiro presidente, João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha, empossado em 1852, sentiu a necessidade de organizar o ensino primário na região e de criar uma escola que formasse professores. Com esse objetivo, em 8 de março de 1852, foi instituído o Regulamento 1, que não foi de todo executado, fato que se repetiria com, praticamente, todos os outros regulamentos que ainda estariam por vir.

Nessa época, a recém-criada Província contava com apenas oito escolas de ensino primário, das quais sete eram masculinas e uma feminina: duas no Lugar da Barra. Sendo uma para cada sexo –, uma em Maués, uma em Ega, uma em Moura, uma em Borba e a última em Barcelos. A masculina da Capital funcionava, de maneira provisória, em uma casa situada de frente para o então largo da Olaria.

Vale ressaltar que, durante o período provincial (1852- 1889), a então Instrução Pública do Estado sofreu sucessivas reformas em consequência das mudanças constantes de presidentes da Província. Cada um trazia uma solução nova e raramente se dava continuidade ao trabalho realizado pelo antecessor. O primeiro diretor da Instrução Pública foi o cônego Joaquim Gonçalves de Azevedo. Que exerceu a função de 2 de maio de 1852 a 15 de novembro de 1858.

O ensino público secundário tem assim seu início na década de 1960 do século XIX quando criou-se o Lyceu – atual Colégio Amazonense D. Pedro II –, nas dependências do Seminário. Entre 1869 e 1872, existiu o Asilo de Nossa Senhora da Conceição, criado então para atender estudantes do sexo feminino e dirigido pelo vigário-geral José Manuel dos Santos Pereira.

Instituto Benjamin Constant

Essas duas últimas instituições receberam, em 1872, a instalação das primeiras escolas noturnas da Capital. Criadas pela Câmara Municipal e que funcionavam das 18 às 21h. Cinco anos depois, a escola do então bairro Espírito Santo também passaria a oferecer aulas no turno da noite.

Entre 1883 e 1885, fundou-se mais uma escola noturna, no então bairro São Sebastião, sob a direção de Saturnino Antunes de Carvalho; o Liceu de Artes e Ofícios 24 de Maio, criado pela Loja Maçônica Esperança e Porvir.

O Asilo Orfanológico Elisa Souto, que mais tarde se tornaria o Instituto Benjamin Constant. E o Liceu Amazonense, onde era oferecido o curso de Preparatórios, exigido aos estudantes do Ensino Secundário que aspiravam matricular-se em cursos superiores.

In: The city of Manáos and the country of Rubber Tree, 1893.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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