Imagem mostra o antigo cemitério São Raimundo que ganhou o nome da então igreja. Em 1870, na época que Manaus enfrentou uma epidemia de varíola. A princípio, o Governo Provincial improvisou um hospital de quarentena.
Já no ano de 1873, os números tanto de infectados como o de mortes aumentaram e o local lotou. Por isso, o governo criou uma enfermaria bem perto do largo São Sebastião. Posteriormente, o número de mortes causou a superlotação da área do cemitério São José. A situação se complicou ainda mais porque os cemitérios públicos não permitiam a exumação dos corpos dos infectados sepultados.
No entanto, em 1875, o diretor de Obras Públicas, Leovegildo Coelho, inspecionou o prédio e optou por construir um hospital novo. No ano de 1879, o Governo construiu um cemitério para o sepultar os variolosos. Quase 10 anos depois, em 1887, o Presidente da Província, Conrado Niemeyer, determinou o aumento da capacidade do cemitério São José e também que os enterros das vítimas de doenças epidêmicas aconteceriam no campo sagrado do morro do Seminário, que passou a ser chamado de São Raimundo devido à igreja homônima.
O cemitério abriu no dia 13 de dezembro de 1888. A partir daí, nasceu o bairro do São Raimundo.
Logo depois, a Presidência da Província decidiu continuar os enterros no antigo Cemitério São Raimundo por conta da ausência de uma via de acesso a cidade. Além disso, a decomposição dos cadáveres produzia um forte mau cheiro. Por isso, o governador Eduardo Ribeiro mandou fechar o local. Hoje, o antigo cemitério não existe mais, em seu lugar, temos o ginásio da Escola Estadual Marquês de Santa Cruz.
Imagem e texto extraídos do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.
In: Relatório do superintendente municipal Arthur César Moreira de Araújo, 1901.
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