Todos elogiam o passado de nossa cidade. Loas são cantadas aos nossos avós, que aqui plantaram uma civilização. Mas necessária se torna a conservação desse patrimônio.
Derruba-se um prédio ou deixa-se cair sem menor cerimônia, o mais leve rubor diante da história que ele representa. Do mundo de glórias que encerra. Do monumento que sintetiza. Velhos prédios do passado, na maioria, assim, construído de taipa, foram-se na voragem dos tempos.
Na esquina da Instalação com a Saldanha Marinho, lado da praça Dom Bosco, ergue-se o casarão da, então, foto. Ali foi a Delegacia Fiscal, hoje moradia de várias pessoas. Com frente para a Itamaracá. Tem seu passado, tem sua história.
Mas vai aos poucos cedendo à inclemência do tempo, e não tardará que, por doação ou compra, ele desapareça. Para em seu lugar ser erguido um gigante ou mesmo um pigmeu de tijolo e cimento armado. Já era tempo de termos o nosso Museu, que poderia funcionar nesse prédio, histórico como a própria história que iria contar. Por enquanto, vale a lembrança.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 21 de fevereiro de 1964.
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