Em 5 de setembro de 1899, o Governo Federal abriu edital de concorrência para que fossem executadas as obras de construção de um porto moderno. Começava a nascer o Porto de Manaus. A proposta aceita foi a da empresa inglesa B. Rymkiewicz & Company, que firmou contrato em 1900.
Em 1975, quando da sua criação, e consequente extinção do DNPVM, a Empresa de Portos do Brasil S. A. – Portobrás, vinculada ao Ministério dos Transportes, passou a gerenciar o Porto de Manaus.
Passados três anos, em 6 de junho de 1978, o navio Helena, da empresa Linhas Brasileiras de Navegação Ltda. – Libra, chocou- se com o roadway e partiu-o ao meio. Três boias-flutuantes afundaram e as demais ficaram bastante danificadas, de forma que essa passagem ficou inutilizada.
Para amenizar as dificuldades desse acidente e atender às necessidades do Porto, em 1º de julho daquele mesmo ano entrou em funcionamento uma nova ponte, de cem metros de comprimento por sete de largura, que ligava a plataforma de contêineres ao porto flutuante.
Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus
As obras de recuperação modificaram essa ponte, tornando-a fixa, sobre pilares de concreto. Os engenheiros, no entanto, conseguiram fazer com que ela ainda pudesse acompanhar o nível das águas com a utilização de um mecanismo de correntes.
Em 14 de julho de 1987, o então Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus foi tombado pelo Iphan como Patrimônio Histórico Nacional. Esse complexo compreende assim os prédios da Ilha de São Vicente, na rua Bernardo Ramos, e o do Escritório Central, na rua Taqueirinha; o Museu do Porto, na Boulevard Vivaldo Lima; o prédio onde funcionava o anexo da Assembleia Legislativa do Estado, na rua Governador Vitório; o antigo prédio do Tesouro Público, na rua Monteiro de Souza; o Trapiche 15 de Novembro, além dos armazéns, as pontes, o cais flutuante, os prédios da Alfândega e da Guardamoria, e a construção localizada na então entrada do Porto.
Extinta a Portobrás em 1990, o Porto passa assim a ser dirigido pela Companhia Docas do Maranhão – Codomar. Sete anos mais tarde, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou o Decreto 2.184, de 24 de março de 1997. Que autorizava a União, por intermédio do Ministério dos Transportes, a delegar aos Municípios ou Estados da Federação a exploração dos portos federais.
Decorridos oito meses da assinatura desse decreto, o Governo do Estado do Amazonas, por meio do Convênio de Delegação 7, de 26 de novembro de 1997, passou a então administrar e explorar o Porto de Manaus e os portos fluviais de Coari, Itacoatiara, Parintins e Tabatinga, integrantes de sua estrutura.
Porto de Manaus
Para o fim específico de gerenciar essa nova organização portuária, criou-se, naquele mesmo ano, a então empresa pública Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas – SNPH, a qual, oito anos depois, se transformaria em uma superintendência estadual.
Em 26 de abril de 2001, para “melhor explorar a infra- estrutura portuária”, a SNPH abriu assim processo licitatório de arrendamento do Porto de Manaus.
Os vencedores da concorrência foram a Empresa de Revitalização do Porto de Manaus S. A. e a Estação Hidroviária do Amazonas S. A. Quanto aos portos fluviais daquelas outras quatro cidades, permaneceram sob a então administração da SNPH.
O projeto de revitalização do então Porto de Manaus previa, entre outras melhorias, a construção de uma estação hidroviária regional, shopping centers, um centro de convenções, praças de alimentação, um aquário amazônico, dois edifícios-garagem, além de restaurantes.
Sua primeira etapa foi então inaugurada em 16 de novembro de 2002, porém, em razão de uma disputa judicial entre o Governo do Estado e as empresas arrendatárias, os trabalhos foram paralisados em fevereiro de 2003.
Retomadas assim as obras de revitalização e de transformação da área do Porto de Manaus em um centro de compras, lazer e turismo, inaugurou-se, no final de 2008, uma loja de departamentos pertencente a uma rede varejista nacional.
Acervo: Amazonas Em Tempo.
Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.
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