Não sabemos se é uma história ou estória, mas dizem que ele foi feito para a guerra do Pacífico. E acabou dando com os costados no Amazonas, levando a presença da civilização aos pontos mais distantes da hinterlândia. Já devia ter recebido o título de “cidadão da cidade”, pelos bons serviços prestados na ligação direta com o interior. Levando e, assim, trazendo cartas e encomendas. E, muitas vezes, transportando para a capital um enfermo necessitado de urgentes cuidados médicos.
Difícil enumerar os benefícios prestados pelo “Catalina”, que desafia o mau tempo, pousa onde bem entende, em terra ou no rio. Se os motores pararem, não há perigo, que ele também é planador e pode pousar sem sustos. Nenhum aparelho da Panair do Brasil, no Amazonas, pode justificar melhor o título da “Frota Bandeirante”. Mas, apesar de tudo, não foi o pioneiro. Antes dele, aquatizando lá no “roadway”, do lado daquele cais de cimento, vieram os “Tamancos” e os “Baby-clippers”. Mas isso já é assunto para uma reportagem sobre a Panair no Amazonas. Fiquemos com o “Catalina”, tão nosso como a borracha, ou melhor, a juta que veio de tão longe para ajudar a nossa economia e grandeza.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 13 de abril de 1964.
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