Se não sabem, fiquem sabendo. Contudo, o cidadão Adolpho Lisboa (com ph, para dar maior importância) andou fazendo das deles, aqui em Manaus. Há muito mais de meio século, quando isto aqui ainda era província e ele, Presidente, nome do governador da época.
Manaus era muito menos Manaus do que é hoje, mas Adolpho compreendeu que por mais “mixuruca” que seja uma cidade tem que ter um mercado. E tacou a fazer um que ficasse à altura de nossa população.
Dito e feito. Não sabemos bem se ele fez todo o conjunto ou somente parte, mas que o nome dele aparece no frontispício do pavilhão principal, aparece bem abaixo daquele relógio que serve apenas de ornamento, sem nenhuma função de marcador do tempo. E o mercado ficou bonito, amplo, acreditamos que o “mais completo do gênero”, para vender todos os gêneros da primeira à última necessidade.
Ainda hoje, com seus três pavilhões e anexos, é imponente. Um pouco estragado, mas isso é devido ao tempo. Assim de frente, com um pouco de perfil, tem-se uma visão melhor. Frequentado até por turistas até por turistas, é um mundo à parte, com histórias muito próprias de mercado que se presa.
Lá nas Rua dos Barés, lembrando tribo de índio que habitou a velha São José da Barra, com entrada principal de frente para a Rocha dos Santos, um dos bambas do passado. E pelos fundos o Rio Negro. Dentro os que não conhecem podem imaginar.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 25 de fevereiro de 1964.
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