Primeiramente, sua estrutura metálica estabelece a grandeza dos tempos em que foi construído. Quando os ingleses atravessaram o Atlântico e, subindo o Amazonas, alcançaram a concessão dos principais serviços públicos: luz, água, bondes, esgotos e o porto.
Os lucros auferidos eram grandes e eles, de fato, fizeram obras grandiosas. Com o cais flutuante e demais instalações portuárias da Manaus Harbour Limited. O “roadway”, com sua ponte, seus guindastes, seus armazéns modernos, quando construídos; quase obsoletos com o progresso dos dias de hoje.
Os anos passaram e a “Companhia” foi perdendo o interesse, pois a “galinha dos ovos de ouro” já não era tão útil assim. Os fabulosos lucros, apesar de ainda grandes, diminuíram um pouco. E a conservação tão necessária foi relegada a plano secundário. Precisa o nosso porto de reparos gerais a ampliação tão necessária. O armazém Oito, chamado o “da borracha” tem sua situação em estado lastimável. As “torres” não dão vencimento. E o “roadway” propriamente dito, até nas boias, está paupérrimo.
Como ponto pitoresco não chama mais a atenção do povo para as visitas das tardinhas principalmente aos domingos. E o velho “roadway” de tão velho e desassistido vai acabar pedindo aposentadoria.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 16 de janeiro de 1964.
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