Antes de mais nada, a arquitetura faz lembrar um fortim do século passado. Esta a primeira impressão que se tem ao olhá-lo tornando-se mais íntimos, pode-se imaginar tudo, menos o que é atualmente, uma espécie de cortiço ou estância como costumamos chamar onde moram várias famílias.
Sob a administração de um sargento reformado da Polícia Militar. Aí foi o Piquete da Cavalaria da então, briosa Força Policial entregue antes de sua extinção à Guarda Civil. Foi daí, ao que parece, que Dico Tavares saiu na terça feira de carnaval de 1935 para a batalha campal da avenida onde houve tiros célebres, com mortos e feridos. A cavalaria respeitada e temida, que fazia assim, a ronda da cidade. Com seus homens de espada e revólver, percorrendo as ruas à noite. E aos domingos, nos campos de futebol, combatendo os furões.
Muito sujeito realizado na vida que anda por aí, levou boas carreiras da cavalaria. Alguns até umas “espadadas”. Não havia valente que “topasse a parada”. Depois acabaram com o Piquete. Os cavalos comiam muito, e a despesa era enorme. E ficou apenas o prédio, guardando milhões de recordações. Para gente simples, que gostava de andar a cavalo. Quantos, por exemplo, não choraram ao ver o seu cavalo sendo puxado nas ruas por alguns carvoeiros?
Mas o prédio ainda resiste e recuperado poderia ser útil para o então, serviço público. Uma escola, por exemplo. Ou para a Delegacia de Trânsito, cujo prédio atual teria muitas outras utilidades.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 03 de janeiro de 1964.
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