O terreno era baldio, existindo na esquina apenas uma velha casa, salvo engano de propriedade do sr. Sátiro Marinho. A casa estava abandonada e um dia, para surpresa dos moradores das redondezas, ali surgiram umas freiras. Elas anunciaram que iam ensinar catecismo às meninas e construir um colégio. Eram irmãs da congregação Salesiana, vindas do colégio N.S. Auxiliadora. Apareciam apenas aos domingos, ensinando catecismo. Na sala da frente da velha casa ergueram um altar dedicado à Santa Terezinha do Menino Jesus. A obra das irmãs salesianas, de Monsenhor Pedro Massa (preferimos chamá-lo assim, que lembra melhor a grandeza de sua alma), foi crescendo e se tornando grandiosa.
Mais de vinte e cinco anos são decorridos, da velha casa apenas resta a recordação para alguns, porque esse monumento de saber e cultura, de bondade e sacrifício, de abnegação e coragem tomou o lugar. Desde o então, jardim da infância – modelo até o ginásio industrial, tudo de graça, dando almoço e jantar a mais de 500 pessoas. O que aparece na foto nada é em comparação com o que existe lá por dentro, outros edifícios, a majestosa igreja, o Museu Etnográfico. Recordando nomes como o de irmã Luizinha, que recentemente deixou a direção do Patronato para ir emprestar seu dinamismo, sua coragem e força de vontade em local onde se faz mais necessária. Este, leitores, é o então, Patronato Profissional “Santa Terezinha”, que caberia melhor numa reportagem.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 10 de março de 1964.
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