Primeiramente, o casario se perde no horizonte. De todos os estilos. Do bangalô à residência senhorial. Sem preconceitos. O gigante de cimento armado, avançando assim, para os céus, não diminui os seus vizinhos menores. Ao contrário, valoriza-os. Uma vista diferente, com vegetação e ruas calçadas. Assim, olhando do Teatro, lá de cima, onde se pode pensar e sonhar, sem o burburinho da vida agitada cá de baixo. E com direito a inspiração, que o ambiente ajuda. Assunto para música popular ou coisa séria. Painel para um pintor. Tema de poesia. Tela panorâmica. Objetivo para o fotógrafo. Ambiente para devaneios. Por fim, de onde se olha não se poderia nunca pensar em um mergulho em direção às pedras lá de baixo, que a beleza dá sentido de vida e não permite a nostalgia.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 19 de dezembro de 1963.
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