Primordialmente, são as últimas colunatas de uma praça. Que foi bela, verdadeiro ornamento da cidade, e que até no abandono e que se viu relegada conservou a sua austeridade, honrando o seu passado e o título merecido que lhe coube: SAUDADE. Eram muitas. Algumas dezenas, sustentando os caramanchões com trepadeiras. Dizem que em épocas passadas era florida. As colunatas circulavam toda a praça pela Ramos Ferreira, Ferreira Penna, Epaminondas e Simão Bolívar. Tão bonita na sua singeleza que um dia levaram Tenreiro Aranha para o centro do então, logradouro. Contemplando o local onde repousaram durante certo período os restos mortais de seus contemporâneos. E um dia o progresso, como assim o chamam, chegou para derrubar as colunatas da praça e de pé, não se sabendo nem porque, restam apenas as duas irmãs gêmeas no tempo e na Saudade.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 17 de janeiro de 1964.
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