Veio do Egito, não daquele do Nasser que tem o Nilo como dádiva, mas do de São José, lá no agreste sertão pernambucano. Sem endereço certo, com domicilio fixo em Fortaleza. Onde tem um lar feliz, com esposa e filhos. Gosta de escrever e o faz bem. Nada em cima da perna, que é responsável.
Conta o que vê e o que sabe, tudo esmiuçado, certinho, tipo do não resta dúvida. Jornalista festejado, como todo jornalista que se preza. Tem público certo e cadeia de jornais publicando. Isto quando está na terra, pois seu ambiente preferido é o alto, o mundo dos sonhos. Não precisa dizer que é poeta, da então vetusta Escola Condoreira, a mesma de Castro Alves, de quem é admirador. Gosta do Silvio Caldas e lhe fez um retrato de corpo inteiro. Musicado pelo cantor e adotado como característica do mesmo: “Meus cabelos cor de prata”. Bonito!
De quando em vez é visto nas ruas de Manaus. O que o torna, também, um cidadão desta capital. Tão nosso quanto de qualquer lugar, que os poetas não conhecem fronteiras. E os jornalistas também. Quem encontrar o então cidadão da foto perambulando pelas ruas, fique certo de que a coisa é séria. E aprenda seu nome, se é que ainda não sabe: Rogaciano Leite.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 26 de novembro de 1963.
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