A princípio, o negócio começou em priscas eras, que bem longe vão, com a “loja rasteira”, que vendia de tudo. Nela se vendia desde suspensório pra cobra, até banha de cururu tei tei, que cura carcunda, espinhela caída e resolve também complicações de amor.
O ponto preferido sempre foi a Marquês de Santa Cruz, que teve seus áureos tempos, com o Sindicato da Marreta. O jogo da pretinha, camelô de boas falas e a polícia, tentando estragar o assunto, no encalço dos malandros da cascata ou conto do anel.
Às vezes sofrendo severas campanhas da Prefeitura, polícia e Imprensa, doutras descançando em berço esplêndido, os marreteiros, corridos aqui, protegidos ali, foram ficando. Limpam a calçada, instalam as marretas em local adequado e novos seguidores surgem enfeitando a rua que leva da estação de ônibus até o Mercado Central e vice versa.
Há até a anedota (?) daquele cearense que escreveu pro primo residente em Manaus: “Só deixe o Ceará véio de guerra si arranjá um lugá na carçada da Marqueis”. Como veem, há muito que a borracha perdeu o seu cartaz.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 29 de outubro de 1963.
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