Antes de mais nada, lembrando aos homens que as glórias da terra são efêmeras e que no Reino do Céu está a recompensa. A imagem de Cristo Rei ergue-se na Praça dos Remédios, olhando na direção do caudaloso rio negro.
A gente humilde dos beiradões, que chega à cidade grande olha a imagem com esperanças. Os que saem com destino à hinterlândia requerem a misericórdia divina. À sua sombra nasceu a então “Cidade Flutuante”, originada de algum humilde ribeirinho que em águas calmas, sobre uns troncos de árvores, fez a sua choupana. Quantas preces não são a Ele dirigidas, diariamente, na madrugada, pelos que buscam no mercado o sustento da família?
Os navegantes ou transeuntes, ricos e pobres, sem preconceito de raça, cor, credo político e religioso, se sentem pequeninos. Em suma, somente Ele é onipotente, de braços abertos, para proteger os humildes, já se disse e já se sabe, que dos pequeninos é o Reino do Céu.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 03 de dezembro de 1963.
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