Nada de Antártica ou de Brahma e muito menos da Pérola, das cervejas. A cerveja que bebíamos era feita em casa, muito nossa, embora o levedo e a cevada fossem importados. A água era a do Rio Negro mesmo. Tinha até chopp, com barris de 25 e 50 litros, que custavam uns poucos mil réis.
Espocavam da mesma forma, ou talvez melhores, que os do sul. Gostoso tomar um copo na “casa do chope”, onde fica agora a ex boate “Odeon”. Mas a Fábrica de Cerveja do Miranda Corrêa era esse colosso que vemos na foto, com torre e tudo, dominando sobranceira grande parte da cidade e fazendo a gostosa XPTO, que o povo de hoje apelidou de “Maroca”, não sabemos porquê. Também a Amazonense e uma outra que saia no Natal e no Carnaval. Aos poucos foi perdendo o cartaz.
Quase não se ouve mais falar na “Xis” e o excelente gelo cristal, também da mesma fabricação, tem agora uma aparência bem diferente. Resta de tudo o difícil da fábrica de cerveja, sem direito a referência no itinerário dos ônibus do antigo bairro dos Tocos. Mas que serve muito bem para umas recordações.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 11 de janeiro de 1964.
Tags: A Cidade em Foto, A Gazeta, Amazonas, Cerveja XPTO, Cervejaria Miranda Corrêa, Curiosidade de Manaus, Durango Duarte, História de Manaus, Iconografia de Manaus, IDD, Imprensa de Manaus, Instituto Durango Duarte, Manaus