Sem absurdos ou incongruências, a Marechal Deodoro tem uma posição especial na vida desta heroica ex-São José da Barra do Rio Negro. Se a Eduardo Ribeiro é a “principal artéria”, o “coração da cidade”, como já a devem ter chamada algum poeta sem inspiração ou um cronista sem assunto, não se pode negar que a Marechal já foi o pulmão, sem ter perdido de todo o seu cartaz, muito embora o progresso da cidade tenha dado condição a outras artérias nas adjacências.
E a rua do comércio. De manhã, os carros estacionam do lado esquerdo, de tarde do lado direito na sombra, que é melhor. Mão única, entrando pela, então, Sete de Setembro com saída na Marquês de Santa Cruz, tem suas belezas e tradições. Como aquela calçada da seção de Modas de J. G. Araujo, que o povo, com orgulho, chamava a “calçada de borracha”. Com os Correios e Telégrafos, SNAPP, armazéns e ferragens, drogarias, lojas de fazendas e miudezas, sem esquecer os vendedores da beira da calçada. E a Polícia Civil, bem no início. Quem vive em Manaus e não conhece a Marechal, no duro já, assim, esqueceu até a rua onde mora.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 10 de abril de 1964.
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