Não concordamos que ele é comida de rico. Um quilo, mesmo não estando bem pesado, “quebra o galho”.
No desfiado, assado na brasa, ou num cozidão com verduras. Se tiver feijão “carregado no entulho”, pode juntar todos os barrigudinhos”, carregar na farinha, que chega até pro jantar. É o velho pirarucu, o “bacalhau do Amazonas”, gostoso até na manta, como “tira-gosto” e o saboroso “pirasco”. O seu apogeu é na época que hoje tem inicio: a “Semana Santa”.
Em todas as partes da cidade ele está sendo vendido, sujeitando-se à exploração do câmbio negro, que a SUNAB está tentando evitar. A preço mais razoável ao povo, vendendo-o, como ocorreu na manhã de hoje, na então Praça de São Sebastião.
O sujeito compra, leva pra casa, escalda e, conforme as “posses”, faz o prato que bem entende: croquete de macaxeira, bolinhos de farinha de trigo com batata daqui ou da chamada “portuguesa”. Dá uma infinidade de pratos dos mais variados e todos bem gostosos.
Em suma, o diabo é que depois de tudo, como resultado, dá uma sede danada.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 23 de março de 1964.
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