Primeiramente, é a prima pobre da outra, a flutuante. Anualmente cai na lama, num desespero tremendo. Só conhece o lado ruim da vida e, por isso mesmo, é assim tristonha. Imprensada entre o asfalto da Major Gabriel e o cimento da rua Igarapé de Manaus. Esperando assim, o rio subir, quando Deus favorece a todos, para melhorar um pouquinho.
Como vivem os moradores desses casebres, é a pergunta que talvez seja feita pelos que passam lá em cima na “Primeira Ponte”. Será que esta gente toma banho? Onde? E as necessidades chamadas fisiológicas, como serão feitas? Ali mesmo? Ou será que vão pedir dos vizinhos lá de cima?
Possivelmente, ninguém até hoje, tenha pensado nestas pequenas coisas, mas que se tornam grandes e imprescindíveis, de modo isolado e estritamente pessoal, para o fulano que está “aperreado”. Alimentação, promiscuidade, centenas de problemas repetidos em centenas de casos. Mas o rio há de subir, e tudo ficará melhor. Por algum tempo…
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 12 de março de 1964.
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