Bom papo, bom garfo. É natural, pois o abastecimento deve acompanhar a produção. A cara podia ter saído do cartaz de um filme de bandido do “procura-se” de uma chefatura policial. Mas pertence ao Moacir Andrade, que tem cara e complementos conhecidos em todo o país.
Tem talento. Tem inteligência. Concentrados nas mãos, no cérebro, nos olhos. Mãos que pintam, cérebro que imagina coisas bonitas, olhos que sabem ver o que os mais cegos que os próprios cegos não enxergam. PINTOR. Tudo na caixa alta, como de fato merece. Já mostrou (e vendeu) seus belos quadros no Rio grande do Sul, no tempo e sob o patrocínio de Brizola.
Idem na Guanabara, onde estreou, numa produção da então Revista “O Cruzeiro”. Com duas aspinhas, a mesma coisa, em Brasília, patrocinado pelo Prefeito Ivo Magalhães. Está se preparando para voltar à Guanabara, desta vez convidado da “Manchete”. Depois, Buenos Aires, e, quem sabe Roma, Paris, Londres? … Em Manaus já fez umas dez exposições.
Em suma, prefere os motivos regionais, e, lá fora, sozinho, vale um departamento de promoções da grandeza do Amazonas. Divulga os nossos usos e costumes com honestidade e exatidão. É modernista, tipo século XX, professor de desenho, casado, pai de filhos, pensa no futuro e já tem casa própria. Um artista da era atômica. Dizem até que toma banho…
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 05 de novembro de 1963.
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