Antes de tudo, chova ou faça sol, eles se reúnem, diariamente e pela manhã, para o bate papo. O cafezinho é apenas para a ocupação da banca e suas cadeiras. Para evitar a bronca do Figueiredo, que é na “Maranhense” que o fato acontece.
Há os assíduos, com presença religiosa, todos os dias, como o professor Mavignier de Castro e o sr. Samuel Ferreira. Assim, outros com dias certos, no caso o desembargados Marcilio Dias, homens dos sábados e das segundas, apenas. O cafezinho circula apenas uma vez, ou seja, com direito ao copo de água, e o complemento obrigatório do cinzeiro no centro da mesa.
O elevado e antigo gabarito dos circunstantes dá autoridade para apreciação e comparação de fatos e coisas da cidade e do mundo. O povo chama a então reunião de “rodinha intelectual” da Avenida.
Em resumo, pela ordem, a começar pelo de óculos, cabeça branca e de paletó, e terminando pelo de óculos, cabeça branca, sem ele (o paletó, não há dúvida): dr. Mitridates Corrêa, advogado, membro da Academia de Letras; sr. Samuel Ferreira, funcionário aposentado; professor Mavignier de Castro, membro da Academia de Letras; sr. Carlos Onety de Figueiredo, delegado do IAPETEC; dr. Marcilio Dias de Vasconcelos, desembargador; dr. Sadoc Pereira, desembargador aposentado, membro da então Academia de Letras e professor da Faculdade de Direito; e professor Themístocles Gadelha, radicado no Rio de Janeiro, atualmente em Manaus, naturalmente para assim rever parentes e amigos.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 27 de novembro de 1963.
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