Fachada do Museu do Índio

Fachada do Museu do Índio

Fachada do prédio das irmãs salesianas. À esquerda, a entrada do Museu do Índio.

A fundação do então Museu do Índio ocorreu em 19 de abril de 1952 pelas irmãs salesianas da congregação Filhas de Maria Auxiliadora. Tem como principal objetivo proporcionar aos seus visitantes o acesso a informações sobre os indígenas que vivem no Alto Rio Negro, região próxima ao então Pico da Neblina e que compreende os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.

Patronato Santa Teresinha

A criação de um museu indígena em Manaus foi uma iniciativa da madre Madalena Mazzone. No início, teve sua instalação em duas salas de aula do Patronato Santa Teresinha e era denominado Museu Indígena Salesiano. Posteriormente, ficou conhecido como Museu do Índio.

Em 1962, transferiu-se para o seu prédio  próprio, na rua Duque de Caxias, n. 356, Centro, ao lado do então Santuário do Sagrado Coração de Jesus, área do Patronato Santa Teresinha, onde permanece até os dias atuais. Em setembro de 1979, o Museu passou por uma reforma e reabriu em 31 de dezembro daquele mesmo ano.

Após essa reforma, seu acervo, atualmente formado por mais de três mil peças, foi organizado em seis salas de exposição permanente. A primeira, que antes abrigava os objetos fúnebres, teve sua denominação de Sala Organização Social e expõe assim a representação de uma maloca Yanomami, além de instrumentos musicais e objetos de adornos.

Mulheres Indígenas

A Sala Cerâmica, a segunda delas, expõe objetos então fabricados pelas mulheres indígenas, entre os quais se destacam os  dos expostos na terceira sala, que reúne uma variedade de peças de artesanato, como cestos, balaios, redes, tapetes, entre outras.

Na quarta sala, o público pode observar as peças que representam os Usos e Costumes do cotidiano de diversas etnias regionais: objetos de caça e pesca, bancos, além de outros objetos domésticos.

A quinta sala, a de Ritos, Música e Danças, tem objetos utilizados nas cerimônias religiosas, nas cenas fúnebres, nos rituais de iniciação masculina, entre outros. Podemos então encontrar máscaras, instrumentos musicais, bebidas alucinógenas e demais utensílios místicos.

A última sala destina-se à memória da atuação missionária dos salesianos junto aos povos indígenas da região do então Alto Rio Negro. Destaque para o instrumental clínico e cirúrgico usado pelas primeiras missões que realizaram serviços na área da saúde indígena. As salas tem em sua decoração pinturas dos artistas José Araújo e Roland Stevenson.

Foto: Alex Pazuello.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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