Monumento a Eduardo Gonçalves Ribeiro

Monumento a Eduardo Gonçalves Ribeiro

Monumento instalado na praça Antônio Bittencourt. Ao fundo, monumento a Nossa Senhora da Conceição e o Instituto de Educação do Amazonas.

Praça Antônio Bittencourt (do Congresso)

Sabe-se que existiram, até a primeira metade do século XX, ao menos, três propostas de construção de um monumento em homenagem ao então ex-governador Eduardo Gonçalves Ribeiro, que, provavelmente, não chegaram a se concretizar.

A primeira delas foi apresentada por meio da Lei Municipal 246, de 18 de dezembro 1901, que autorizava a edificação de uma estátua do Pensador na praça General Osório, hoje, extinta. Somente em 1905, entretanto, concederia o crédito para a construção desse marco, que não foi edificado.

Em 20 de outubro de 1926, por meio da Lei 1.370, a Intendência Municipal, hoje, Câmara Municipal, em uma segunda tentativa de homenagear o ex-governador, apresentou um novo projeto de construção de uma estátua na praça Antônio Bittencourt (do Congresso).

Eduardo Gonçalves Ribeiro, o Pensador

O terceiro ensaio de construção de um monumento em honra a Eduardo Ribeiro ocorreu assim no final da década de 1940, quando a prefeitura sancionou a Lei 174, de 14 de outubro de 1949, que criava o Fundo Pró-Construção de um Monumento ao Dr. Eduardo Gonçalves Ribeiro, o Pensador.

Por essa Lei, o Executivo Municipal teria sessenta dias para indicar o local onde o marco deveria ser instalado. Caso esse prazo se esgotasse, a Câmara Municipal estabelecia o jardim Santos Dumont, para receber o monumento. Que ficava localizado em frente ao Armazém 10 – atual Estação Hidroviária.

Em 14 de dezembro, último dia do prazo estabelecido por aquela Lei, o então prefeito Raimundo Chaves Ribeiro baixou o Decreto 60 e indicou a antiga Estrada do Paredão, atual avenida Presidente Kennedy, para a realização da homenagem.

Após essas tentativas, somente em 1978 que a Prefeitura de Manaus conseguiria, enfim, instalar um monumento a Eduardo Ribeiro. O marco, existente até os dias de hoje, é composto por pedestal e busto. Foi montado no túmulo desse político maranhense, no cemitério São João Batista.

O ex-governador recebeu assim uma segunda homenagem quando o prefeito Manoel Ribeiro mandou construir, na praça Antônio Bittencourt, de uma fonte luminosa, onde se instalou um pedestal e um busto do Pensador. Esse marco continua no mesmo local até hoje, porém, foi descaracterizado e resta-lhe apenas pedestal e busto.

Eduardo Gonçalves Ribeiro 18/09/1862 a 14/10/1900

Natural  de  São  Luís/MA,  Eduardo Gonçalves Ribeiro formou-se, pelo Liceu de São Luís, em Humanidades. Transferiu-se, em 1881, para o Rio de Janeiro e estudou na Escola Militar, onde se bacharelou, seis anos mais  tarde,  em  Ciências  Físicas  e Matemáticas.

Ainda em 1887, veio ao Amazonas e exerceu várias funções na Escola Regimental do 3º Batalhão, sendo promovido a tenente em 1890. Nesse mesmo ano, em 2 de novembro, assumiu a administração estadual, em substituição a Ximeno de Villeroy, e ocupou o cargo até 12 de abril de 1891 – ano em que outorgou a então 1ª Constituição do Amazonas.

De volta ao Rio de Janeiro, foi professor da então Escola Superior de Guerra até 1892. Quando retornou à capital amazonense para novamente assumir o cargo de governador, em 11 de março e nele permaneceu até 23 de julho de 1896. Uma vez que Thaumaturgo de Azevedo, havia sido deposto.

Eduardo Ribeiro tinha o apelido de Pensador, em razão de ser esse o mesmo nome de um jornal que ele ajudou a fundar no Maranhão, na década de 80 do século XIX. Como governador do Amazonas, realizou assim grandes obras de infra-estrutura da Cidade, abriu vários ruas e aterrou igarapés, entre outras.

Sua administração foi responsável pela então construção das pontes de ferro Benjamin Constant e Prudente de Moraes, ou dos Bilhares, e do Reservatório do Mocó. Além de ter iniciado a edificação do Palácio da Justiça e concluído o Teatro Amazonas. Faleceu em Manaus e, sobre a causa de sua morte, há muitas versões e divergências entre os historiadores.

Acervo: A Crítica.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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