Embora não corram pelas campinas, atrás de borboletas azuis, ainda andem de pés descalços, braços nus, principalmente quando chegava a hora da pelada. Aí, assim, cada um deles se sente um Pelé, Garrincha ou Nilton Santos em potencial.
Para ser Gilmar, só na torcida, que jogar no gol ninguém quer. Isto aí todos nós fizemos nos nossos tempos de meninice, sem direito, porém, a retrato no jornal, que certamente será guardado para a posteridade.
Para lembrar os companheiros, com seus apelidos divertidos. E estão na gravura, numa pose especial para “A Cidade em Foto”: Cobra, Amarelão, Nato, Colorau, Cabeção, torpedo, Léo, casqueta, Pé chato, Mucura, Coelho e Tá tá tá.
O futuro, para todos eles, é uma incógnita, mas, enquanto isto, se divertem no campinho da sede do Nacional e se sentem uns futuros heróis dos gramados, quase uns campeões do mundo. Nada de nome completo com filiação.
O gostoso era dar os apelidos, para relembrar depois, quando forem adultos e tiverem vencido na vida. Com muitas saudades destes tempos ditosos que passarão céleres.
Coluna A Cidade em Foto do Jornal A Gazeta, 18 de março de 1964.
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