Vista do Hotel Amazonas (edifício Ajuricaba). Foto: Coleção Silvino Santos. Acervo: Museu Amazônico.
O primeiro hotel moderno a ser erguido em Manaus logo após o período áureo da borracha foi o Hotel Amazonas. De propriedade da empresa Prudência Capitalização, funcionava entre a avenida Floriano Peixoto e as ruas Marcílio Dias e Theodoreto Souto, ao lado da praça Tenreiro Aranha.
O prédio, denominado Edifício Ajuricaba, foi construído pelos engenheiros Luís da Costa Leite e Helmut Quacken. Sua pedra fundamental foi lançada em 29 de abril de 1947 com a presença de Adalberto Valle, idealizador do projeto do hotel e presidente da Prudência Capitalização.
Inaugurado em 7 de abril de 1951, o Hotel possuía 49 apartamentos, distribuídos em quatro andares, além de elementos decorativos, como jardins e gravuras internas, assinados pelo paisagista Burle Marx.
Em 1963, o Hotel foi levado a leilão e arrematado pelo empresário Vasco Vasques, que conseguiu adquirir o empreendimento com o apoio do, hoje extinto, Banco do Estado do Amazonas – BEA. Para melhorar o atendimento aos hóspedes, foi criada uma agência de turismo, a Selvatur.
Na década de 70, com a implantação da Zona Franca, o Hotel foi ampliado. Nessa época, funcionava, no térreo desse edifício, o Mandy’s Bar, onde se organizou, no início dos anos 80, um dos blocos de carnaval de rua mais conhecidos da Cidade.
Em maio de 1980, o Hotel Amazonas foi incluído na categoria quatro estrelas e recebeu a certificação pela então Empresa Brasileira de Turismo, atual Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur.
A partir de 1991, esse estabelecimento começou a enfrentar problemas financeiros. Entretanto, ainda funcionaria até 1996, quando foi novamente leiloado e transformado em um condomínio residencial e comercial. Nos dias de hoje, o prédio é denominado Condomínio Ajuricaba.
Veja as publicidades que sairam na Revista O Cruzeiro e que o IDD selecionou sobre o Hotel Amazonas: Publicidades do Hotel Amazonas na década de 1950.
Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.
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