Museu Etnográfico Crisanto Jobim/IGHA

Museu Etnográfico Crisanto Jobim/IGHA

Museu Rondon

Museu Etnográfico Crisanto Jobim/IGHA. A origem desse espaço cultural está vinculada ao então Museu Rondon, criado e organizado pelo pesquisador Crisanto Jobim. Em 25 de outubro de 1926, a Intendência Municipal concedeu ao então Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas – Igha um auxílio financeiro no valor de cinco contos de réis.

Contudo, a compra do antigo Museu Rondon fora efetivada somente em 1934, quando o Governo do Estado o adquiriu e o repassou ao Igha, à época, dirigido por Agnello Bittencourt.

Nesse período, o Igha já possuía algumas peças de referências históricas, etnográficas e arqueológicas sobre a região, reunidas desde a fundação do instituto, em 1917. Com a incorporação da coleção do então Museu Rondon, foram adquiridos novos mostruários que serviram para a exposição das peças, na sede própria do Igha, na rua Bernardo Ramos, n. 117, Centro – local em que se encontra até hoje.

Em 1976, o museu foi então reorganizado pelo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, atual Fundação Joaquim Nabuco, em conjunto com a Fundação Universidade do Amazonas, atual Universidade Federal do Amazonas. Após esse trabalho de recuperação, sua reabertura ocorreu no dia 7 de setembro daquele mesmo ano.

Museu Etnográfico Crisanto Jobim

No início da década de 1980, época em que o seu acervo era de, aproximadamente, 450 peças. Assim, esse espaço cultural passou a contar com o serviço de profissionais especializados em Museologia e Arqueologia. No dia 20 de maio de 1982, teve sua  denominação alterada pela diretoria do Igha e passando a chamar-se Museu Etnográfico Crisanto Jobim.

Seu patrimônio atual contém mais de mil peças, entre cerâmicas, instrumentos de madeira, ossos, arcos, flechas, objetos de adornos de guerra, cocares, igaçabas, conchas de moluscos etc. Entre elas, destaque para uma estatueta de pedra antropozoomorfa – a peça mais rara desse museu –, as urnas funerárias da subtradição Guarita, os muiraquitãs (amuletos indígenas, em pedra), além de diversos objetos relacionados à então Revolução Acreana.

Crisanto Jobim 18.11.1879 A 14.8.1940

Crisanto Maria de Souza Moreira Jobim nasceu em Anadia/AL. Iniciou sua carreira profissional em Maceió/AL, onde ocupou a função de guarda da Alfândega, e ascendeu, posteriormente, ao posto de sargento. Chegou a Manaus em 1915 para assumir o cargo de escriturário da Delegacia Fiscal do Amazonas.

Também exerceu o magistério e fundou o Colégio Martius, que funcionou na rua Ramos Ferreira, Centro. Foi secretário da então prefeitura do antigo município de Moura, hoje, comunidade pertencente a Barcelos, e de Coari. Após a Revolução de 1924, liderado por Ribeiro Júnior, foi então convocado e ocupou o cargo de secretário-geral do Estado. Formou-se engenheiro agrônomo e dedicou-se à Etnografia e à Arqueologia. Faleceu em Manaus.

Foto: Durango Duarte.

Foto: Fabio Nutti.

Imagem e texto retirados do livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor Durango Duarte.

 

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